
Depois de uma polarização a nível nacional – em 2018 e 2022 – protagonizadas pelo Bolsonarismo e Lulismo, nas eleições municipais deste ano, o eleitor preferiu o caminho do meio, sem radicalismos ideológicos que, no fundo não resolvem os problemas diários das pessoas.
Com isso, tivemos no pódio dos partidos que mais elegeram prefeitos no país o PSD com 878 municípios, seguido do MDB com 847 e PP com 743. Ainda falta contabilizar algumas cidades que terão segundo turno Brasil a fora.
Se este cenário se confirmar por parte do eleitor em 2026, fortalece a viabilidade de uma terceira via, correndo por fora da polarização. Com a impossibilidade – até o momento – de Bolsonaro concorrer e a baixa avaliação do governo Lula, que não consegue por em prática suas promessas de campanha.
É lógico que cada eleição é uma eleição, mas o grande número de prefeituras conquistados pelo dito “centrão”, dá sustentação para uma candidatura viável ao Palácio do Planalto daqui dois anos.
Esses partidos, apontados por muitos como esquerda, na verdade representa a direita centrada, que sabe a necessidade de dialogar e governar para todos. Enquanto os liberais atacam esses partidos acabam derrubando pontes ao invés de construir.
CENTRÃO
Hoje se usa uma rotulagem pejorativa quando se fala dos partidos de centro, o chamado centrão. Enquanto os “de direita” chamam esses partidos de esquerda, os “de esquerda”, com o mesmo ímpio, os chamam de direita.
A verdade é que são esses partidos que conseguem fazer as coisas andarem no Brasil e as necessidades do povo serem atendidas. Enquanto os radicais de cá e de lá ficam presos em suas ideologias, numa “reinaça” sem fim.
EXEMPLO
Santa Catarina é um exemplo disso. Aqui, os Bolsonaristas jogam pedra em todos que não sejam do PL, como se somente eles fossem os representantes da direita. Não conseguem ver a força de lideranças de outros partidos que, sempre foram antagonistas da esquerda, mesmo antes do Bolsonarismo existir, isso ainda quando o PL era vice de Lula na Presidência da República.
NOCIVO
Essas atitudes são nocivas a organização e o crescimento da própria direita no estado e no país. A direita que estava adormecida por alguns anos, sem a figura de um líder nacional, se levantou e mostrou sua força em 2018, elegendo Bolsonaro como presidente do Brasil, governadores e um caminhão de deputados e deputadas estaduais e federais que simplesmente surfaram na onda. Muitos desses, jovens que, hoje destilam todo seu ódio contra aqueles que, lutavam contra a esquerda enquanto eles ainda estavam tomando mamadeira e assistindo o sítio do pica-pau amarelo.
CHAPECÓ
Em Chapecó, o PL errou em não apresentado candidato a prefeito, ou então, em ter se aliado a direita. Elegeram dois vereadores, ou melhor, dois vereadores do grupo se elegeram por méritos próprios. Se descolando das maluquices que o partido promove e colando em João Rodrigues. Enquanto Jorginho tentou antecipar o debate de 2026, viu seu partido sem candidato na cidade que mais importava para isso.
NÃO CARREGA
Essa culpa, o Presidente Municipal do PL Chapecó, Leandro Sorgatto, não carrega. Ele é astuto, entende de política e sabe jogar, mas infelizmente, Jorginho lhe deu a presidência mas o comando continuou em um pequeno grupo que, não sabem como fazer, o que fazer, e não queriam se indispor com o atual prefeito na cidade. Existe um antigo ditado popular que diz o seguinte: “cachorro com muitos donos, morre de fome”. Com o PL de Chapecó foi assim, e se Jorginho quiser que Sorgatto continue, terá que intervir e dizer aos seus, que o presidente é presidente.
NACIONAL
João Rodrigues sai da eleição deste ano consolidado, não somente como uma liderança estadual, mas também nacional. Se tornou popular no país, tanto quanto um governador. Mesmo com PSD administrando um número menor de cidades que o PL no estado, seu partido sai fortalecido por ter conquistado cidades importantes e estratégicas. Jorginho terá que sentar à mesa e conversar com Eron. Agora precisam pensar em 2026 a nível de Brasil.
NÃO FIQUEM CHATEADOS
Certamente algumas pessoas do PL de Chapecó e do estado, ficarão chateados com as minhas colocações, mas, é minha análise. Se pensarem bem, irão concordar que esse radicalismo não é o caminho para a vitória em 2026. Vejam o exemplo de São Paulo, onde o PL tem o vice na chapa encabeçada por Ricardo Nunes (MDB), e muitas lideranças importantes dos liberais, preferiram ir na ideia de um candidato sem propostas, que passou a campanha inteira atacando a todos e, agora correm o risco de entregarem a maior cidade do país a esquerda, mais do que isso, criar mais uma grande liderança da extrema-esquerda a nível nacional. Dizer que isso foi sensato e inteligente não dá, né?
