O uso da tecnologia no ambiente familiar é um tema cada vez mais relevante, pois afeta a maneira como nos conectamos e interagimos com aqueles ao nosso redor. Por um lado, a tecnologia oferece inúmeras vantagens, como a possibilidade de comunicação instantânea, acesso a informações, entretenimento e até mesmo ferramentas para facilitar a organização familiar. No entanto, seu uso excessivo ou inadequado pode trazer desafios, especialmente no que se refere à qualidade das relações familiares.
PREOCUPAÇÃO
Pensando em debater os desafios desse tema que ocorre, neste sábado (21), das 8h às 17h30, no auditório da Unoesc Chapecó, o 2º Ciclo de palestras Interciclos, com o tema “Famílias e a Era Digital”, organizado pelo Instituto de Formação e Centro de Pesquisas e Terapia (Interciclos) e a Unoesc Chapecó, com apoio também é da Associação Catarinense de Terapia Familiar (ACATEF) e Associação Brasileira de Terapia Familiar (ABRATEF).
IMPORTANTE
A coordenadora do evento, Danielle Doss Damo, destaca a importância de discutir a crescente presença da tecnologia em nossas vidas. “Estamos vivendo em um mundo em que a tecnologia está presente em toda e qualquer parte. Pesquisas mostram que 99% dos lares brasileiros utilizam redes sociais. Essas são questões que só vão avançar, e o evento visa discutir como, com a presença constante da tecnologia, podemos manter as famílias conectadas emocionalmente e as relações vivas, de forma que a tecnologia acrescente, e não afaste”, afirma.
PALESTRA
O evento contará com a participação de diversos profissionais das áreas de psicologia, educação e relações familiares, debatendo os impactos da tecnologia na vida cotidiana e nas conexões emocionais. A terapeuta de família e casal, psicanalista e orientadora parental, Fabiana Ribas, será uma delas e falará sobre o “Vício oculto da tecnologia e as repercussões familiares”, a partir das 13h30.
VÍCIO
Segundo Fabiana, o vício não se restringe apenas às crianças e adolescentes, que são o foco comum das discussões. “Muitas vezes o adulto também está dependente da tecnologia, mas essa dependência é menos visível porque está associada ao trabalho ou a outras atividades consideradas produtivas. No entanto, isso pode afetar diretamente as relações conjugais e familiares”, explica. Além de Fabiana, outros profissionais também palestrarão como: Tatyana Bonamigo, Cristiano Nabuco, Angélica Paula Neumann e Guilherme Marafon também serão palestrantes do dia. O evento se propõe a lançar luz sobre esses desafios, buscando alternativas para promover um uso equilibrado e saudável das tecnologias dentro do ambiente familiar. O evento é aberto a profissionais da área, acadêmicos e demais interessados, e será um espaço para reflexões e trocas sobre o tema. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (49)99150-4646.
FILTRO
É preciso mantermos sempre o nosso filtro ligado, pois a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Os meios de comunicação digitais vieram para ajudar a sociedade, mas seu uso excessivo, pode trazer todos esses problemas citados a cima, além de por em risco nossas crianças, que no caso do uso sem supervisão, estão à mercê de tudo o que há de mais nefasto para a sociedade a um clique de seus dedos. Vimos o quanto foi importante a tecnologia durante a pandemia da Covid-19, onde conseguíamos nos comunicar com familiares com facilidade sem o risco de levar a doença em uma visita pessoal. A importância também foi grande para recebermos orientações médicas, tanto que a telemedicina se tornou uma realidade sem volta. Mas, em nenhum momento podemos deixar que a comunicação virtual tome espaço da convivência e comunicação pessoal. Um abraço, uma conversa, uma roda de chimarrão, são importantes para mantermos nossa saúde emocional e também para conhecermos mais sobre nós mesmos e nossas raízes e histórias. Os mais novos principalmente, precisam disso, ou se tornarão, no futuro, pessoas frias e sem empatia, algo que a tecnologia não consegue, e nunca conseguirá transmitir.
