Mesmo a um ano meio da eleição, a disputa pelo governo do estado já vem ganhando espaço na sociedade. Temos até o momento dois pré-candidatos a vaga, Jorginho Mello (PL), que vai a reeleição, e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que fará o lançamento oficial no próximo dia 22. João Rodrigues tem seu nome reconhecido estadual e nacionalmente, com chances reais de eleição. Marcou posição e já conquistou muitos apoiadores em todo o estado. A teoria de alguns, de que os eleitores do litoral não votam em candidatos do Oeste, o que seria um obstáculo caiu por terra com sua demonstração de força política estadual na eleição do ano passado, quando teve participação fundamental em eleições como de Camboriú, Balneário Camboriú, São José e Criciúma, por exemplo.
PREOCUPAÇÃO
João Rodrigues no páreo, trouxe preocupações ao atual governador que intensificou a busca por apoios, abrindo espaço na administração para o MDB, o qual já fazia parte de sua base governista na ALESC. Porém isso causou problemas internos no partido, criando uma fenda que vem aumentando a cada dia, gerando críticas de lideranças importantes como a deputada federal Julia Zanatta. O MDB ter cargos no governo, hoje, a mais de 18 meses da eleição, não é garantia de composição futura, até por que, nas bases emedebistas não há unanimidade sobre o assunto. Lá adiante sentarão a mesa e decidirão o rumo a ser tomado. O sim ainda não foi dito, por enquanto, só namoro. Jorginho sabe que precisa compor, pois, se conseguiu vencer a última eleição, foi com votos do Bolsonaro.
TRABALHO
Com um portifólio grande de seus feitos como prefeito por quatro mandatos, o que transformou a Chapecó do interior em uma referencia nacional, João Rodrigues que, sempre teve e mantém, uma postura de antagonismo ao PT, dialoga muito bem com o eleitor de direita, e isso tem sido o motivo de preocupação ao atual governador. Nem todo eleitor de direita é ‘bolsonarista”, assim como nem todo “bolsonarista” é de direita. Bolsonaro por sua forma de falar e agir, ecoou aquilo que o povo fala mas ninguém houve. Isso o transformou em uma figura que carrega muitos votos e um peso eleitoral gigante, mais pela questão pessoal do que partidária, até por que, se perguntar a população o que é direita e esquerda, a maioria não faz a mínima ideia.
ESQUECEU
Jorginho Mello esqueceu de governar e, se dedicou a fazer articulação política. tem experiência como legislador, mas quando se ascende a cadeira de executivo, o jogo muda. O resultado disso é um governo atrapalhado e com poucas entregas a população. Na ponta, a solução para os problemas do dia a dia da população não chegou e a comunicação está com ruídos e chiados o que a torna indecifrável. Um líder do Poder Executivo, seja municipal, estadual ou nacional, deve manter um canal de diálogo com a população e também com outras esferas, a final, o objetivo final é realizar obras e ações que venham de encontro as necessidades da população.
INTRANSIGÊNCIA
Não conversar com o governo federal para buscar recursos e investimentos macros ao estado, ou então, não aprovar a liberação de projetos como é o caso de Chapecó, que aguarda os recursos para as obras de macrodrenagem – e está fazendo com recursos municipais – enquanto os cofres do estado estão cheios (é o que dizem), ou então a construção de uma “caixa de brita” na serra do Goio-Ên, que salvaria vidas, não é coerente com o cargo ocupado. Conversar com o Presidente Lula, não torna uma pessoa de esquerda, assim como fazer o exame de próstata não faz o homem “deixar de ser homem”. Na política temos adversários, mas nunca inimigos e as conversas institucionais devem existir, até por que, quem “paga o pato” dessa intransigência é a população.
Respostas de 3
Perfeita explanação do assunto político!
Para governar tem que ter vocação além de audácia e é isso que sobra no prefeito João Rodrigues !
Político experiente e empreendedor!
Ótima análise da atual conjuntura política faltou dizer que muitos apoiadores da campanha passada do governador estarão ao lado do João nesta empreita… A briga vai ser boa
Muito boa suas colocações, Jorginho abandonou o Oeste por demandas políticas e vai pagar o preço.