
O candidato a Presidente venezuelano, Edmundo Gonzáles, que concorreu contra o ditador Nicolas Maduro, deixou o país e está exilado na Espanha desde o último final de semana (8).
González deixou a Venezuela após ter um mandado de prisão expedido contra ele. O “crime cometido” pelo candidato foi a divulgação em redes sociais dos Boletins de Urna das eleições, onde mostra sua vitória considerável no último pleito, contra o ditador Maduro.
Vários países do mundo não reconhecem Maduro como vencedor da última eleição e cobram a publicação dos Boletins de Urna por parte do Conselho Nacional Eleitoral Venezuelano (CNE), desde o dia 28 de julho passado, data em que ocorreu as eleições naquele país.
Mesmo sem apresentar os Boletins de Urna, o CNE – que é comandado por aliados do ditador – declarou Maduro como vencedor, o que gerou uma revolta no país, que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos.
Se os Boletins de Urna apresentados por Gonzáles são falsos, que apresentem esses documentos como manda o processo democrático.
Acredito que a ONU e o Mercosul – do qual a Venezuela está em fase de adesão – deveriam tomar atitudes mais severas. É bobagem acreditar que um ditador vai se importar com a publicação de notas ou movimentações diplomáticas.
Onde estão os direitos humanos, tão defendido pela Organização das Nações Unidas, trazidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada a 75 anos? Temos crimes de toda ordem e uma nação morrendo pela fome, fugindo para outros países, deixando para trás família, amigos, sua cultura e raízes.
Os tempos de tiranias precisam terminar. Não podemos assistir calados, seres humanos como nós, morrendo a bel prazer de uma pessoa que acredita ser o dono de tudo e de todos, ou amanhã, poderemos estar vivendo a mesma situação, por nos acostumar a ver isso como normal. Isso não é norma!

