A proposta ou intenção do governador Jorginho Mello (PL), de estadualizar a rodovia BR-282, causou duvidas e preocupações.
Em um vídeo gravado com uma intenção maior de jogar para a torcida de forma eleitoreira, do que, de fato, buscar solução para este problema crônico de escoamento de produção, o governador diz que basta o governo federal repassar o valor da manutenção da rodovia, que a duplicação o governo do estado faz.
Um dos questionamentos levantado por empresários e entidades ligadas ao setor de transporte de cargas é que, se o governo do estado possui esse aporte financeiro – que não é baixo -, por então não aplicar na duplicação e restauração das rodovias estaduais?
Um exemplo que pode ser citado é a SC-283, no trecho de Chapecó até Concórdia, importante rota da produção agroindustrial da região, foi entregue – pelo Programa Estrada Boa – somente o trecho até Arvoredo, cidade que faz divisa com Chapecó. Dali a diante, se vê uma que outra máquina trabalhando e a “passos de tartaruga”.
Seria nobre a intenção, caso estivéssemos com as rodovias estaduais com suas obras concluídas ou andando de forma ágil. Hoje, no ritmo em que se encontram essas obras, quando forem concluídas, os primeiros trechos já estarão precisando de reformas.
ATRAPALHA
Hoje o Governo Federal, através do DNIT, está realizando um projeto para duplicação da BR-282 de Chapecó até Irani, o qual deve ser dividido em três partes, com um primeiro trecho de Chapecó a Xanxerê, o segundo de Xanxerê a Ponte Serrada e o terceiro de Ponte Serrada a Irani. A ideia é iniciar e realizar as obras dos três trechos concomitantemente, o que traria rapidez e a conclusão juntas.
Agora, com essa declaração por parte do governador, o temor é que o processo demore ainda mais, pois o DNIT pode “dar um tempo” nas tratativas desse projeto e aguardar qual será a decisão tomada pelo estado com a união. O que já está demorado pode atrasar ainda mais por uma declaração sem um prévio estudo e debate sobre o assunto. Só atrapalha.
UNIÃO
Sabemos do corte R$ 400 milhões nos recursos para infraestrutura em Santa Catarina, o que certamente impossibilitará muitas obras de melhorias e ampliações da malha viária, mas de nada adianta “cobrir um santo e descobrir outro”.
Assumir a duplicação da BR-282 não é uma decisão prudente, tendo as rodovias estaduais, em sua maioria, ruins. Faríamos aquilo que é dever da União e deixaríamos de realizar aquilo que nos compete.
O que deve ser feito é uma união de esforços, com a bancada catarinense no Congresso Federal (deputados e senadores), representantes de entidades ligadas a indústria e transporte e Associações de Municípios, para juntos, sentarem com o Presidente e seus Ministros, cobrando e mostrando a importância dessa rodovia para a região. Números da movimentação econômica, empregos e impostos que essa rodovia produz.
PRIVATIZAÇÃO
Há quem acredite que a ideia do governador seja, assumir a BR-282 para uma posterior privatização, com a instalação de várias praças de pedágio em seus quase 700 quilômetros.
Isso só tornaria ainda mais oneroso o transporte e, por consequência, o custo final dos nossos produtos, tanto para a competitividade de exportação, quanto para o que chega ao nosso consumo.
TRIO DE PESO

Na semana passada três nomes de peso na política catarinense “se cruzaram” na Capital e aproveitaram para prosear um pouco. Ex-deputado estadual e Presidente da Igreja Quadrangular, Narcizo Parisotto filiado ao PL e os deputados Mário Motta e Júlio Garcia, presidente da ALESC, ambos do PSD. Em uma conversa descontraída, o tema principal, claro, foi a política e a eleição de 2026, uma leitura da atual conjuntura política estadual e nacional.
Segundo informações, veem que a eleição ao governo do estado no ano que vem, com os dois nomes postos como pré-candidatos até o momento, deve ser uma eleição muito disputada e que, ambos os partidos, PL e PSD, estão montando chapas fortes, com bons nomes para a ALESC e para a Câmara dos Deputados
ABASTECIMENTO (1)

A Prefeitura de Chapecó, através da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, amplia a partir de hoje o abastecimento de água no interior. Segundo o secretário Nelson Krombauer, quatro caminhões caçamba, equipados com duas caixas de água de 5 mil litros cada e uma moto bomba, foram preparados para atender o interior da cidade com água para consumo humano e também consumo animal.
Krombauer destaca que essa foi uma determinação do prefeito João Rodrigues juntamente com as Secretarias de Serviços Urbanos e Zeladoria, Agricultura e Defesa Civil, para otimizar os recursos existentes na Secretaria e reduzir custos, já que os equipamentos adquiridos, após o uso, serão guardados podendo ser utilizados a qualquer tempo, trazendo maior rapidez no atendimento a população e reduzindo despesas com a locação de caminhões pipas.
O custo para a operacionalização desse serviço, no modelo desenvolvido pela administração municipal, corresponde a apenas 10% do custo de contratação de caminhões pipas para realização do mesmo serviço, ou seja, uma economia de 90%, unindo boa gestão dos recursos públicos e o devido atendimento à população.
ABASTECIMENTO (2)
Os caminhões que serão utilizados a partir de hoje no abastecimento de água no interior do município, são os mesmos utilizados na manutenção de estradas. Para isso, segundo Krombauer, as caçambas receberam uma camada de areia no fundo do compartimento, o que cria uma aderência ao impacto, garantindo segurança no transporte e um equipamento moto-bomba para o abastecimento nas propriedades.
Com o incremento desses veículos, será possível distribuir diariamente 170 mil litros de água para consumo humano e 40 mil litros para consumo animal, suprindo toda a demanda atual. É importante esse trabalho de atendimento na zona rural para garantir que nenhuma propriedade tenha perdas de animais e prejuízos na produção, haja vista que as previsões para o mês de abril são de chuvas abaixo da média.

Uma resposta
Pior que é verdade tá uma vergonha o trecho de seara
O que esperar desse governo atravessado só por Deus…