Ex-prefeito da Capital por dois mandatos, Gean Loureiro (UB), que deixou o cargo em 2022 para concorrer a Governador com alto índice de aprovação, teve que, neste ano de eleições municipais, nadar contra a maré, deputados e vereadores do seu próprio partido para fazer o que era certo e salvar o União Brasil de ser engolido pelo PL em Florianópolis. Sim, a leitura está correta, lutar para não ser engolido pelo PL.
PRAGMÁTICO
Ao ver que seu partido seria apenas usado, como uma meretriz, pelo seu vice, hoje atual prefeito, Gean agiu rapidamente usando da sua experiência politica e de maneira pragmática firmou aliança com Dário Berger, seu professor de outrora. Acredito que a contrariedade por parte dos vereadores do UB em Florianópolis e os deputados – estadual e federal – tenha ocorrido por inexperiência. Mas a decisão do líder Gean foi acerada, tanto que, a tentativa de judicialização e intervenção nacional não andou. Logo eles verão que Gean estava certo, pedirão desculpas e agradecerão por ter salvo a todos. Até a quem não queria ser salvo.
TRAIU
Topázio Neto (PSD), não seria prefeito de Florianópolis se não fosse Loureiro, mas decidiu trair seu colega de chapa para “trocar alianças” com o Governador Jorginho Mello. Topázio não traiu apenas o União Brasil, traiu também seu atual partido, PSD, trazendo o PL para compor em sua chapa, entregando toda a coordenação da campanha ao filho do Governador e, fazendo movimentos que até cego vê, que sua ficha no PL já “está assinada”, faltando apenas preencher o espaço para data, que pode ocorrer ainda este ano, ou no mais tardar, inicio do ano que vem.
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SE DISTANCIOU
Topázio se distancio de Gean, do UB, e do PSD. Trouxe o PL de Jorginho Mello para compor na mais importante cidade do estado, sabendo que daqui dois anos, PSD e PL serão protagonistas do doa debates e embates políticos nas eleições para governo. As movimentações são tão claras de que não permanecerá no PSD, que não esteve presente nas convenções do seu partido em Chapecó e Criciúma, por exemplo. Não tem mais clima para continuar com os pessedistas. Sai como traidor e nada mais.
ESPAÇO
O que pesou na decisão não foi a questão de o UB não estar compondo na chapa encabeçada por Topázio, mas sim, a aliança com o PL. O UB aceitaria sem problemas estar no projeto de Topázio caso o desenho fosse outro e pudesse ter clareza de continuidade. Mas nessa conjectura atual, o que o partido faria um dia após a eleição? E como seria a relação com Topázio no PL? Gean livrou o partido de um problema futuro e, ainda conseguiu estar presente na majoritária, o que fortalece a sigla.
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CAMPANHA
Agora, com o início real da campanha e programas eleitorais de rádio e TV, poderemos ver com mais clareza como o eleitor de floripa se comportará. Temos o atual prefeito Topázio (PSD), com a máquina nas mãos e o apoio do governador do estado; o candidato de esquerda Marquito (PSOL), fortalecido com a volta de Lula ao poder e conversando com a diversidade da ilha, e Dario Berger (PSDB) ex-prefeito por dois mandatos consecutivos e o apoio de outro ex-prefeito, Gean Loureiro (UB), que também tem história e são conhecidos da população. Para Topázio é melhor um segundo turno com Marquito, debater com Dário será mais difícil. Mas isso, o povo decidirá, se teremos segundo turno e quem serão os que passarão de fase.
COISAS DO BRASIL
Depois do bloqueio temporário das emendas especiais, conhecidas “emendas pix”, que na última campanha presidencial era chamado de orçamento secreto e duramente criticada por Lula (PT) – mas ele continuou usando para aprovar seus projetos no Congresso – Judiciário e Legislativo comemoram o acordo firmado que propõe melhorar os mecanismos de transparência para essas transferências de recursos. Isso é coisa do Brasil que, se contar para um estrangeiro ele não entenderia. Comemorar algo que, pode até não ser ilegal, mas é imoral e foge aos princípios do pacto federativo e da divisão dos três poderes.
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NÃO SEI O QUE É PIOR…
…Se é a normalização do anormal, onde deputados escolhem a quem enviarão os recursos das emendas, ou, extinguir esse dispositivo deixando a cargo do Governo Federal investir de forma igualitária e proporcional entre os municípios, além de investir e projetos macro, como as ferrovias que tornariam nosso país mais competitivo e fortaleceria a indústria, gerando empregos, renda e aumentando a arrecadação. Digo isso por que, o Governo também age de forma desigual quando envia recursos via Ministérios, favorecendo prefeituras comandadas por aliados.
ALIADO PEDIU, PIX CAIU
Prefeitos aliados de Lula entregaram envelopes com a palavra “Prioridade” escrita a mão, com pedidos de dinheiro ao Governo Federal. O Presidente atendeu aos pedidos específicos de seis cidades governadas pelo PT ou partidos parceiros, totalizando um repasse de quase R$ 1,5 bilhão desde que o petista tomou posse no ano passado. Segundo o jornal The News, A decisão de enviar verbas volumosas a essas cidades, através de ministérios importantes, como Saúde, Cidades e Assistência Social, veio diretamente do gabinete de Lula, e não seguiu nenhuma das regras padrões para o repasse. O prefeito aliado pediu, Lula fez o PIX.
ESCOLHIDOS
As 6 cidades favorecidas reúnem menos de 1% da população brasileira e não aparecem na lista dos piores IDHs do país. Mesmo assim, elas receberam mais verba da Saúde para exames e cirurgias do que 13 capitais de estado. Além disso, cidades com alto nível de pobreza solicitaram menos dinheiro e não foram atendidas. Se as emendas são uma imoralidade, destinar dinheiro público de forma desproporcional e desigual é ilegal. A única forma determos uma mudança verdadeira no Brasil será fazendo uma constituição do zero. Mas quem está no poder, já mais mudará as formas de chegar no poder nem diminuirá as facilidades que se tem depois de lá chegar.